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quinta-feira, janeiro 18, 2007

Requiem de Verdi-Dies Irae(1ª parte)

Algumas notas acerca do video anterior


Angela Gheorghiu, soprano romena, nascida em 1965, considerada uma das melhores(?) da actualidade, veio cantar recentemente a Lisboa.

Em Dezembro de 2000, Angela Gheorghiu iniciou as filmagens de Tosca, tendo o filme sido lançado internacionalmente nos cinemas. Representou também Julieta no filme Romeu e Julieta da Online Classics (DVD) e em 2002 cantou numa histórica actuação nos Proms, por ocasião do Jubileu da Rainha Elisabeth II (DVD).

Compromissos futuros incluem uma gala na Metropolitan Opera de Nova Iorque (La Traviata) e ainda as óperas Simon Boccanegra, Lucia di Lammermoor, Adriana Lecouvreur, Manon Lescaut, Tosca, Lucrezia Borgia, Alceste, Don Carlos e Don Giovanni.

Aos 41 anos, Angela Gheorghiu vive um momento delicado da sua carreira. Nos últimos tempos, a cantora tem sido notícia mais por razões pouco agradáveis que por sucessos em palco. O mesmo aliás tem acontecido com o seu marido, o tenor franco-siciliano Roberto Alagna (casaram-se em 1996),e que também canta no video atrás publicado, protagonista de recente escândalo, após desertar a meio de uma Aïda no Scala de Milão, após ter sido assobiado, depois de cantar a dificílima ária “Celeste Aida”

Para além de ser "perita" em cancelar presenças em produções operáticas, colecciona problemas e quezílias à conta de exigências e caprichos inaceitáveis para quem com ela trabalha. Teatros como o Metropolitan, o Covent Garden, Ópera de Paris, Scala e Real de Madrid são casos famosos da sua 'prima-donnite aguda' que acabaram ou em abandono voluntário ou... "sugerido". O caso mais recente foi a desistência duma produção próxima do Don Carlos na Royal Opera House (iria ser Elisabette de Valois), meses após ali ter feito uma Tosca também ela atribulada...

Soprano lírico com capacidades spinto (faculdade de a voz adquirir potência e cor dramáticas, se requerido), Gheorghiu parece hoje viver sob uma "maldição" da Callas, cantora com a qual foi amiúde comparada no início da carreira

Será a confirmação duma carreira ? Ou de um flop ?

Voltando ao Requiem

Dies irae é a parte da missa que referência o dia do juízo final

III. Sequentia

1 - Dies irae-(coro)

Dies irae, dies illa
Dia de ira, aquele dia

solvet saeclum in favilla
no qual os séculos se desfarão em cinzas

teste David cum Sibylla.
assim testificam Davi e Sibila.

Quantus tremor est futurus,
Quanto temor haverá então,

Quando judex est venturus,
Quando o Juiz vier,

Cuncta stricte discussurus.
Para julgar com rigor todas as coisas.

2 - Tuba mirum-(coro+baixo)

Tuba mirum spargens sonum
per sepulchra regionum,
coget omnes ante tronum
Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.

3-Liber Scriptus (mezzo+ coro)

Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.
Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet apparebit,
nil inultum remanebit.

4-Quid sum miser (soprano+mezzo+tenor)

Quid sum miser tunc dicturus?
Quem partonum rogaturus,
cum vix justus sit securus?


5-Rex tremendae(solistas+coro)

Rex tremendae majestatis,
Ó Rei, de tremenda majestade,

qui salvandos salvas gratis,
que ao salvar, salva gratuitamente,

salva me, fons pietatis.
salva a mim, ó fonte de piedade.

6-Recordare-(soprano+mezzo)

Recordare, Jesu pie,
Lembra-te, ó Jesus piedoso,

quod sum causa tuae viae,
que fui a causa de tua peregrinação,

ne me perdas illa die.
não me perca naquele dia.

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Quaerens me, sedisti lassus
Procurando-me, ficaste exausto

redemisti crucem passus
me redimiste morrendo na cruz

tantus labor non sit cassus.
que tanto trabalho não seja em vão.

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Juste judex ultionis,
Juiz de justo castigo,

donum fac remissionis
dai-me o dom da remissão

ante diem rationis
diante do dia da razão



Para ver o vídeo clicar aqui

2 comentários:

Anónimo disse...

É verdade! Eu sei que isto é o só operários mas será que algum dia veremos passar por aqui o Bach?

Aquilo é bom demais para ser verdade. Mas penso que não é do que mais gosta, certo?

Luís Maia disse...

Aqui não há fundamentalismo, menos justificado até no caso de Bach, que até "sujou" alguma da sua música, com cantatas. se calhar menos divulgadas por não termos raízes luteranas.

Mas até gosto de Bach. Essencialmente sou um romântico, que aperecerão para aí 100 anos depois dele.

Os meus favoritos andam quase sempre pelo século XiX