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quinta-feira, janeiro 04, 2007

NORMA-Svanir le voci



(continua de Norma-O enredo)

1.3-Svanir le voci (Afastam-se as vozes


A entrada de Pollione(proconsul romano na Gália, voz de tenor) e do seu amigo Flávio(centurião romano amigo de Pollione, voz de tenor), siligiosamente envoltos nas suas togas, cantam um recitativo em que Pollione confessa ao seu amigo que já não ama Norma, mas outra de nome Adalgisa que considera flor da inocência.

Também se sente alvo de censura já que é pai dos 2 filhos de Norma.
Tem muito pouco interesse sob o ponto vista musical este recitativo já que se destina
a explicar ao publico, os antecedentes do trama romântico, um pouco no sentido de actualizar a questão


1.4-Meco all altar di Venere (Junto ao altar de Vénus)

No video esta cabaleta inicia-se por volta de 2.39, quando o tenor diz Meco all altar di Venere, diga-se que as árias em todas as óperas são conhecidas pelo nome da frase inícial, como aqui acontece

Atormentado pelo remorso Pollione conta ao amigo que teve um sonho premonitório, no instante em que se dispunha a unir-se a Adalgisa, perante o altar de Vénus, em Roma, Norma irrompia com uma fúria vingadora, castigando-os

1.5-Odi ? I suoi riti a compiere (Vem cunprir os seus ritos)

Ouve-se a chamada do escudo sagrado de Irminsul, convocando os druidas à cerimónia ritual.Pollione vangloria-se do desprezo que lhe inspiram estes bárbaros cujo blasfemo santuário pensa destruir protegido pela força do seu amor por Adalgisa.


É seguramente um dos momentos mais dificeis do papel de tenor nesta ópera, já que não sendo uma ópera emblemática na carreira dos tenores, tem nesta cabaleta, sobretudo depois da intervenção do coro e do amigo Flávio, uma nova nuance quando diz "Me protegge, me difende", cuja mudança de tom para mi bemol maior, proporciona um ar mais brilhante no fim da mesma e o tenor eleva a sua voz até um si 3 de grande efeito

Polione acaba inflamado desafiando os deuses bárbaros que lhe roubam Adalgisa
dizendo

Desse deus que disputa
esta virgem celestial
incendiarei os bosques
derrubarei o seu ímpio altar



O video que ilustra 1.3,1.4 e 1.5 é cantado por Jon Vickers(Polione) e Gino Siniberghi (Flávio) em Orange em 1954




(continua)

3 comentários:

Anónimo disse...

Se que saber a razão porque detesto ópera, ela está aqui nos 3 primeiros minutos. Exactamente naquela parte de representação mais acentuada. Acho tudo aquilo dissonante, deixa-me MESMO com os nervos à flor da pele. Insuportável!!

Luís Maia disse...

Não posso discutir seja com quem for qustões de gosto. Ou se gosta ou não, mas não se deve argumentar para justificar não se gostar de ópera, os tais 3 minutos do recitativo, que como disse se justificam, para contar ao público a história dos antecedentes, por forma a perceber-se o que se vai passar. repara que práticamente não há música, são pequenas peças, que existem quase sempre em todas as óperas.

Luís Maia disse...

Não posso discutir seja com quem for qustões de gosto. Ou se gosta ou não, mas não se deve argumentar para justificar não se gostar de ópera, os tais 3 minutos do recitativo, que como disse se justificam, para contar ao público a história dos antecedentes, por forma a perceber-se o que se vai passar. repara que práticamente não há música, são pequenas peças, que existem quase sempre em todas as óperas.