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segunda-feira, janeiro 15, 2007

Notas finais sobre a protagonista



Voltando ao assunto da Norma e as suas grandes interpretes, diga-se que Sutherland foi a única soprano que gravou a Norma no seu tom original (sol maior), Callas e Caballé, cantaram-na sempre um tom mais baixo.

Dizem os entendidos, que a melhor Norma de Caballé é a gravação video da representação no teatro Orange em 1974, Ela aproxima-se mais, pelo seu canto lírico expresso com mórbidez, de uma sacerdotisa, que está lutando contra ( ou pela sua) feminilidade, que uma semi-deusa.O seu canto estilizado, suave, é de uma homogeneidade assombrosa e os seus “legatos”(canto sem interrupções de linha melódica ), conferem ás frases uma velada tristeza, quando o tom é ameno, sobretudo nos duetos com Adalgisa.

Até ao aparecimento de Callas, não pode dizer-se que tenha havido uma Norma de eleição, (com a eventual exepção de Rosa Ponselle). Para além das exepcionais capacidades vocais e técnicas, ela conhecia na perfeição o recitativo clássico e sabia transmitir o ar trágico e de grande distância, da grande sacerdotisa.

Para perceber as cambiantes que Callas consegue transmitir, a este papel, é necessário, ouvir uma Norma inteira cantada por ela, quase que parecendo que são vozes diferentes, conforme cada cambiante do papel, oscilando entre, doçura,desespero, autoridade.

O problema de Callas, foram os maleitas vocais, os empresários, os exageros, por fim alguma decadência em que se deixou mostrar, depois o abandodo e por fim a morte.

Com Caballé hoje preticamente retirada. Sutherland a grande diva australiana, definitivamente fora do palco, não há Normas de eleição, para cantar este papel, vamos ver até quando

2 comentários:

Pedro Aniceto disse...

E queres uma gravação da Norma pela Sutherland, queres?

Luís Maia disse...

A Norma inteira ? em video ou Cd ?