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domingo, janeiro 28, 2007

Lucia di Lammermoor-Il pallor funesto

Na mansão de Ashton, Enrico e Normanno tentam convencer Lucia a casar-se com Lord Arturo. Para tal interceptaram as cartas de Edgardo e falsificaram uma dando a entender que ele se interessara por outra mulher.

Este vídeo começa abruptamente, quando Lucia responde ao irmão que a havia questionado acerca do seu aspecto pálido que denuncia grande sofrimento

Lucia diz-lhe então

A palidez funesta e horrenda
que no meu rosto se desenha
em silêncio te grita
a minha tragédia…. As minhas dores
Deus te possa perdoar
O desumano rigor
E a minha dor”

Enrico mostra então a referida carta falsa, após o que começa, o extenso dueto com que termina a Cena I deste 2º acto, que Lucia inicia dizendo “Soffriva nel pianto”

Sofria no pranto
consumia-me na dor
pus a vida
e a esperança
num coração
O instante da morte chegou para mim
Ah! Coração infiel
Que a outra se entregou”

Dizendo Enrico

Mas não foste digna da graça divina
aquele coração infiel a outra se entregou
Um louco e pérfido amor te incendiou
Traíste o teu sangue por um vil sedutor
Mas não foste digna da graça divina
aquele coração infiel a outra se entregou”

Terminam em dueto, repetindo, algumas frases das intervenções acima referidas.

A segunda parte do dueto inicia-se com o segundo vido,, quando se ouvem ruídos festivos e clamores de alegria no exterior. Lucia pergunta “Che fia ?”(que é aquilo ?)

O irmão diz-lhe que chegou Arturo o noivo prometido, realçando de novo o facto de que por motivos políticos é fundamental para ele que ela aceite aquele casamento. A contínua recusa de Lucia, é a entrada para o inicio da cabaleta final , quando Edgardo lhe diz

Se me vais trair
o meu destino está traçado
A vida e a honra me roubas
O patíbulo me preparas
Nos teus sonhos me verás
Sombra irada e ameaçadora
O patíbulo sangrento
Estará sempre diante de ti”

Lucia ergue então uma última prece ao céu cantando

Tu que vês o meu pranto
tu que lês neste coração
se a minha dor na terra for repelida
nos céus não o será
Leva-me ó Deus eterno
Esta vida desesperada

Maria Velasco canta este duo de Lucia e Enrico de Lucia con Ramón de Andrés, barítono. numa récita em 2005.

Naturalmente que a espectularidade da ópera, não se compadece com estas pequenas récitas, acompanhadas ao piano em vez duma cena enquadrada num espectáculo.

Como este foi único documento que encontrei publico-o por isso.







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