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segunda-feira, janeiro 01, 2007

NORMA-Introdução

Começar por falar da NORMA, não obedece a qualquer critério. È “apenas” uma das mais belas óperas de sempre.

Escrita por Bellini sob libreto de Felice Romani, estreada em 1831 no Teatro Scala em Milão.A Norma estreou em Portugal em 3 de Junho de 1835, no teatro S.Carlos em Lisboa, cantado pela soprano Luisa Mathey, a mezzo Clara Delmastro no papel de Adalgisa e o tenor Domenico Furlani no de Pollione

A Norma é contudo uma versão um pouco suavizada de Medeia, tema que muitos autores já tinham posto em cena,nomeadamente a de Cherubini.

A figura central da sacerdotisa Norma é por isso inspirada na figura referida, possuíndo uma forte personalidade mágica ou religiosa e uma mulher enganada no seu antigo amor, desejosa de o recuperar recorrendo a qualquer meio; além disso a sua personalidade instável sofre, devido á existência de 2 filhos frutos desse amor, que nela despertam a tentação de os matar, para se vingar do amante infiel. No caso da Medeia é levada á prática, não o sendo contudo na Norma, personagem menos diabólica que respeitará a vida das crianças, humanizando por realce do papel de mãe, a personagem central.

Uma mulher de poder, uma sacerdotisa que na antiga Gália, significava o poder supremo da decisão da guerra ou da paz, no fundo da vida e da morte, de um povo subjugado, pelo poderio da águia romana. Contudo, pela força do seu amor, ela ilude a confiança que nela o seu povo deposita, pela necessidade pessoal de uma paz comprometedora, já que o seu amor era exactamente o pró-consul romano dominador, Pollione.

Por tudo isto se pode inferir que para além, das qualidades vocais da protagonista, se impôe que as suas características interpretativas, imponham uma presença dominadora em cena, que deixe bem vincadas as imensas contradições que o seu papel comporta.Normalmente, parece, sem prejuízo de outras opiniões que resultem das inerentes aos clubes de fãs, que também neste meio, não deixam de existir, que as sopranos que mais se aproximaram do “modelo ideal”, consignado á figura de Norma, são os níveis atingidos por Maria Callas, Monserat Caballé e Joan Sunderland, a diva australiana já retirada desde 1990 com 64 anos.


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