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terça-feira, janeiro 02, 2007

NORMA-Introdução.1


Casta deusa, que prateias
Estes antigos e sagrados bosques
Vira para nós
O teu belo semblante
Sem núvem e sem véu
Sem véu, sim sem véu

(O coro repete basicamente o mesmo e ela terminará dizendo)

Abranda, oh deusa,
Abranda estes ardentes corações,
Suaviza o seu ciúme audaz,
E a paz que fazes reinar no céu
Derrama sobre a terra

Este é o trecho mais famoso de toda a Norma, que como disse sintetiza uma ideia de Paz, que a sacerdotisa roga á deusa Lua, e que satisfaz o desejo de conciliar o seu interesse pessoal, pelo amor que nutre pelo chefe militar do inimigo, mas ao mesmo tempo refreia os impetos de revolta do seu povo.

Considero soberba esta interpretação, fora de cena repito, pelo tempo certo a “coloratura” do seu canto e a sua expressão facial, no que aliás a tornou conhecida pela revolução que neste aspecto trouxe ao espectáculo, contrapondo-a a muitas outras estrelas, que se limitavam a cantar, desprezando por completo a componente cénica.

Fica a curiosidade desta directo da RAI em 1957, ter acontecido apenas 2 dias antes, duma das maiores broncas da sua carreira, pois após a interpretação desta mesma cavatina, na Òpera de Roma, na presença do Presidente da Republica e de membros do corpo diplomático, devido ao mau acolhimento dispensado pelo público á sua “Casta Diva”, se ter recusado a continuar a representação.


1 comentário:

Luís Maia disse...

Esta cavatina pode ser vista em video, na postagem com o título
Norma-Algumas notas sobre a Casta Diva