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quinta-feira, abril 26, 2007

O Trovador-In braccio al mio rivale

Após alguma dificuldade para encontrar filme correspondente ao início do III acto, acabei por encontrar o que aqui publico, cuja qualidade quer de som quer de imagem não é a melhor.

Trata-se duma gravação RAI de 1966, cantada por Adriana Lazzarini e PieroCappuccilli.

A cena passa-se no acampamento do Conde de Luna. Os soldados preparam-se para o assalto ao castelo inimigo, limpando armas e entusiasmando-se com a perspectiva do combate.

Sozinho o Conde da largas ao seu ciúme, (aqui começa o filme), cantando "In braccio al mio rivale"

"Nos braços do meu rival
Este pensamento como um diabo perseguidor
segue-me por todas as partes
nos braços do meu rival
mas irei, mal apareça a aurora,
irei separá-los"

Entretanto entra Ferrando anunciando-lhe que prendera uma espia e a conduzem á presença do Conde, que lhe pergunta para onde vai, ela diz que não sabe porque "uma cigana costuma caminhar sem objectivo fixo, no seu errar vagabundo o céu serve-lhe de tecto e o mundo é a sua pátria"

Perguntam-lhe donde vem e ela responde "da Biscaia á procura do filho que a abandonara " (Giorni poversi vivera)e ela vai errando e a esse filho vai procurando, esse filho que custou penas horríveis ao meu coração, mas sinto por ele tanto amor, como mãe alguma na Terra jamais sentiu"

A dúvida sobre a identidade da cigana vai-se instalando. Ferrando jura reconhecer nela a cigana assassina e ela acaba por se denunciar gritando

E tu non vieni, o Manrico, o figlio mio ?
Non soccorri all infelice madre tua

Que retira todas as dúvidas ao Conde sobre a identidade da cigana, percebe que tem em suas mãos a mãe do seu inimigo, ordenando que seja torturada, dizendo

"A alegria inunda o meu peito
dum modo que as palavras
não podem expressar
Ah em mim encontrarão
as cinzas fraternas
uma vingança cumprida"

A um sinal do Conde os soldados levam a cigana e ele entra na sua tenda seguido de Ferrando

terça-feira, abril 17, 2007

O Trovador-Final 2º Acto

A entrada do cortejo das monjas com Leonora e Inês é uma cena tipicamente romântica.

Inês chora porque, diz, Leonora vai deixá-la para sempre. Esta responde que "nem sorrisos, nem esperanças, nem flores tem a Terra para mim".Deus é o único amparo e quem se juntará um dia.

Pede ás acompanhantes " Secai os vosso olhos e conduzi-me ao altar"

O conde entra em cena dizendo "Não... nunca ", declarando que entra ali para que ela seja dele.

Avançando em direcção a Leonora, mas Manrico interpõe-se de repente entre ambos.

Inicia-se então um trio, quando Leonora, canta "E deggio e posso crederlo"

"Devo e posso acreditar ?
vejo-te a meu lado
será isto um sonho, um êxtase
ou um encontro sobrenatural ?
O meu coração arrebatado e surpreendido
não pode resistir a tanto júbilo
Desceste do céu
ou estou no céu contigo ?"

pois tanto ela como Luna julgavam que Manrico havia morrido.

Violenta troca de palavras entre os rivais, porém o aparecimento dos soldados de Manrico, ajuda a que Manrico fuja com Leonora.

Caballe canta neste video filmado em Orange em 1972, acompanhada de Peter Glossop (Luna) e Spiess (Manrico)




quinta-feira, abril 05, 2007

O Trovador-Il ballen del suo sorriso

A segunda cena do segundo acto inicia-se praticamente com a famosa ária para barítono do Conde de Luna, quando ele e os seus seguidores se aproximam de noite do castelo de Castellor.

Luna canta a sua ária "Il ballen del suo sorriso"(A luz do seu sorriso), onde ele anuncia que quer raptar a sua amada Leonora que pretende professar, propondo-se ele raptá-la antes que ela o consiga.

Diz então que :

" A luz do seu sorriso
é maior do que uma estrela
o esplendor do seu lindo rosto
infunde-me nova coragem
O amor que me anima
falará a meu favor
e que o Sol de um dos seus olhares disperse
a tempestade do meu coração".

Ouve-se entretanto o bater dos sinos que anunciam a cerimónia. Os soldados que o conde trouxera consigo dispõem-se para o rapto, enquanto este proclama "Per me ora fatale"

"Hora fatal para mim
apressa os teus momentos
a alegria que me espera
não é um júbilo mortal
Em vão um deus rival
se opõe ao meu amor
nem mesmo um Deus pode
oh mulher afastar-te de mim"

O papel do conde de Luna é cantado por Piero Cappuccilli