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domingo, dezembro 14, 2008

I Pagliacci-So ben che difforme

Nedda não se tinha apercebido que Tonio a observava com um desejo obsessivo.
Este diz-lhe

Sei bem que disforme
e corcunda sou
que apenas desperto
a troça e o horor,
No entanto o pensamento
tem um sonho, um desejo,
e um palpitar o coração !
Quando, desdenhosa
passas junto a mim
não sabes quanto pranto
me arranca a dor
Porque, contra a minha vontade,
sofri o encanto,
venceu-me o amor !
Oh ! deixa-me dizer-te ...

Mas Nedda interrompe-o com agreste ironia, maltratando os obscuros sentimentos do palhaço que se aproxima dela, que o ridiculariza, enquanto ele entre ameaças e súplicas lhe diz "Não sabes quanto pranto me arranca a dor. Não te rias, não"

Enquanto Nedda lhe diz

Acaso tendes comichão nas costa
ou será preciso um puxão de orelhas
para acalmar o vosso ardor ?

respondendo Tonio

Tu zombas ? Desgraçada
Pela cruz de Cristo
cuidado que podes
paga-lo muito caro.

Tonio tenta beijá-la e quando ela o afasta diz-lhe

Pela Virgem Santa de Agosto
Nedda, te juro
que mo pagarás

Retorquindo-lhe Nedda

Víbora, Vai-te
Não me metes medo,
eu compreendi-te,
Tens a alma como
o teu corpo ,,,
disforme... asqueroso



segunda-feira, dezembro 08, 2008

I Pagliacci-Qual fiamma avea nel guardo

Nedda fica sozinha e um pouco apreensiva, iniciando então sa sua ária, sendo a primeira parte da ária composta por um série de frases d aparência recitada, que recordam o tema da ameça anterior de Cânio. Num segundo momento, o canto adquire um carácter mais lírico, quando a rapariga se deleita com o sol de meados de Agosto. A alusão aos pássaros é fica assinalada pelas cordas e pr flautim e Nedda imita o seu trinado. A ária propriamente dita começa com a frase "Stridono lassú, liberamente"

Chilreiam lá em cima livremente
e lançam-se em voo
voando como flechas
as aves,
Desafiam as nuvens
e o sol ardente
e seguem pelos caminhos,
do céu.
Deixai vagear
pela atmosfera,
esses seres sedentos
de azul e esplendor
também eles perseguem
um sonho,uma quimera,
vão por entre as
nuvens de ouro !
Que os acosse
o vento
e ruja
a tempestade,
com as asas abertas
tudo desafiam
a chuva,
os trovões,
nada os pode deter,
e voamsobre os abismos e o mar.
Vão para um país estranho
que sonham talvez,
e que procuram em vão
Mas os ciganos do céu,
seguem o misterioso poder,
que os impele e vão !

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quinta-feira, dezembro 04, 2008

I Pagliacci-Verso la chiesa

O coro inicia então o seu canto que reflecte um dia de festa

Para a igreja
vão os compadres,
São eles que acompanham
a comitiva
que, aos pares , às vesperas
vão com alegria.
Os sinos
Ah! vamos
o sino chama-nos aos senhor

Canio que estava de saída recorda que o espectáculo é às onze da noite

O Coro retoma cantando o mesmo convite para a ida a missa, é um canto de felicidade
acabando por dizer

Atenção companheiros
Din,don tudo irradia
luz e amor. Ah!
Mas os velhos vigiam
os atrevidos amantes
Já tudo irradia
irradia, luz e amor

Don, din, don etc.


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segunda-feira, dezembro 01, 2008

I Pgliacci-Un tal gioco, credetemi é meglio non giocarlo

Canio começa então a fazer a apresentação do espectáculo, dizendo que é às onze da noite, podendo assistir ás angústias do bom palhaço e como ele se vinga, fazendo tremer a carcassa de Tonio.

O povo aceita o convite diz que estará presente.

A propósito dum copo numa taberna na encruzilhada, que um aldeão convida Canio para beber e que este aceita, porém perante a recusa de Tonio em ir, há um outro aldeão que insinua que ele não quer ir, para ficar sozinho e fazer a corte a Nedda a mulher do palhaço.

Após o que se inicia a primeira ária do tenor " Un tal gioco, credetemi é meglio non giocarlo"
onde ele diz

Que é melhor não se jogar esse jogo
falo para Tonio
e para outros também.
O teatro e a vida
não são a mesma coisa
E se ali em cima
o Palhaço surpreende
a sua esposa , com o belo galã
no quarto
faz um cómico sermão,
depois se acalma e rende-se
à força de pauladas
E o público aplaude
rindo alegremente.
Mas se surpreendesse Nedda
a sério, de outro modo
acabaria a história;
tão certo como estar
aqui a falar convosco !
Este jogo, acreditai-me
é melhor não o jogar,

Alguém lhe pergunta Tão a sério levas então a coisa ?

A que Canio responde simplesmente

Eu ? Se vos parece
desculpai-me
Adoro a minha esposa


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sexta-feira, novembro 28, 2008

I Pagliacci-Eh son qua

Quando se abre o pano, anuncia-se a chegada à aldeia de Montalto de Calabria, duma companhia de palhaços de Canio, um modestíssimo grupo que viaja com uma pequena carroça e uma mula e que vem dar uma representação aproveitando a festa do lugar.

O coro dos aldeãos, transmite a alegria que vai por ali, comentando a chegada do palhaços do simpático Arlequim. Comentando que eles atiram ao ar os chapéus e dando vivas ao príncipe dos Palhaços como lhe chama, que afugenta as preocupações com o seu bom humor.

Acabando a dizer

Viva ! Viva o Palhaço
que garotos tão endiabrados
Deus seja bendito
Viva ! Viva o palhaço
todos te aplaudem

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terça-feira, novembro 25, 2008

I Pagliacci-Abertura e Prólogo

I Pagliacci é uma ópera em dois actos, com música e letra de Ruggiero Leoncavallo, estreada no Teatro dal Verme de Milão em 21 de Maio de 1892 e acção decorre em Montanto di Calabria na tarde do dia 15 de Agosto de um ano próximo de 1875.

É uma ópera que reúne uma série de circunstância que não se verificam em quase nenhuma outra ópera, começando por se realçar o facto de ser integralmente uma ópera de autor, letra e música. A originalidade do prólogo, onde uma das personagens surge diante do público contar toda a história.

É uma ópera curta, a sua duração de 75 minutos, faz com que tradicionalmente seja apresentada em conjunto com outras óperas igualmente de curta duração, como a Cavalleria Rusticana.

Depois da abertura, segue-se o referido prólogo, cantado pela barítono Tonio, o bobo da companhia que na comédia interpreta o papel de Taddeo.

Ele aparece dizendo que é o Prólogo e que o autor o mandou explicar ao público que, embora esteja vendo a antigas máscaras, não deve pensar que o que irá ver em cena é falso, pelo contrário, o que vai representar-se não é mais do que um pedaço da vida, pois sob as modestas roupas do comediante, esconde-se uma pessoa como outra qualquer.

Acaba dizendo

Já vos expus o conceito
escutai agora
como ele se desenvolve
Vamos. Começai

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Canio.........Plácido Domingo
Nedda..........Teresa Stratas
Tonio...............Juan Pons
Peppe......Florindo Andreolli
Silvio........Alberto Rinaldi

Teatro Alla Scala, Milan
Chorus Master :Romano Gandolfi

Conductor: Georges Pretre

segunda-feira, novembro 10, 2008

EIixir do amor-2º acto competo

No passado dia 24 de Maio a NUAMPS (Northwestern University School of Music's ) apresentou o seu Elixir do Amor. Naturalmente são estudantes e a qualidade vocal, um pouco verde (em especial o Nemorino), tem contudo a vantagem de apresentar todo o 2º acto e final, sem interrupções.

Tem a vantagem para alguns, de estar legendado em inglês, mas de qualquer maneira faço uma pequena sinopse do que acontece neste acto final da ópera.

O segundo acto começa com o ar festivo da festa de casamento, mas quando as pessoas passam a outra sala onde irá recorrer a assinatura do contrato matrimonial, aparece Nemorino que conta a Dulcamara, todo o seu desespero, por o eleixir não ter efeitos mais rápido. O aldrabrão pede lhe dinheiro para outra garrafa de elixir, que Nemorino não tem.

A entrada do sargento, aborrecido com o facto de Adina ter adiado mais uma vez o casamento. Quando Nemorino lhe conta as dificuldades financeiras, Belcore oferece-se para lhe resolver o problema desde que ele se aliste no exército, que Nemorino aceita, com o único objectivo de comprar outra garrafa.
Entretanto corre a notícia que o tio rico de Nemorino havia morrido, que suscita logo o interesse nas senhoras casadoiras,
Belcore oferece os seus serviços a Adina que recusa. Após a entrada triste de Nemorino cantando a romança "Una furtiva lacrima". É então altura de Adina, lhe devolver o contrato de recrutamento que tirara a Belcore e lhe declarar o seu amor.
Tudo acaba em festa e o povo acaba felicitando os noivos e o doutor tão ilustre

O jovem elenco é o seguinte

Adina -Suzanne Post
Nemorino-Mark Donin
Belcore-Michael O Hulkran
Dulcamara-Nicolas Wenzel
Gianetta-Elizabeth Koehler

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segunda-feira, novembro 03, 2008

Elixir do amor-Andina credimi

Entretanto aparece Giannetta e os soldados, que trazem uma mensagem para o sargento Belcore, que ele lê, constando que se tratava duma ordem e marcha, para o dia seguinte de manhã.

Perante a obrigação de mudança tão rápida, Belcore sugere a Adiana que antecipem o casamento para hoje o que deixa Nemorino em pânico o que não passa despercebido a Adina, que se mostra contudo disposta a aceder.

Nemorino pede-lhe que espere pelo menos até amanhã, levando Belcore a perguntar-lhe o que lhe importa isso.

Começa então a intervenção de Nemorino com esta "Andina credimi", onde pede a Andina
que não case com Belcore, que confie nele, apenas num breve dia e que se o fizer virá a arrepender-se .

Depois disso começa o concertante final do 1º acto, que além dos protagonistas acaba por envolver também o coro.

Belcore fazendo ameaças ao mesmo tempo que diz nem perceber a razão porque não desfaz aquele desgraçado.

Adina Pedindo a Belcore que não ligue é apenas um rapaz que meteu na cabeça que pelo facto de me amar eu tenho igualmente de o amar.


O Coro admirador do sargento, indigna-se pelo facto de um tolo daqueles pretender enganar um sargento.


O anúncio do banquete para que estão todos convidados, anima toda a gente, com exepção claro de Nemorino, que acaba lamentando-se


Despreza-me o sargento
burla-me a ingrata

sou o motivo do riso das pessoas
por culpa da desapiedada
O meu oprimido coração
já não tem esperança.

Doutor, doutor ! Socorro, piedade

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