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terça-feira, fevereiro 13, 2007

Cavalleria Rusticana-Introdução

A Cavalleria Rusticana estreou em 17 de Maio de 1890, no Teatro Costanzi de Roma sendo seu autor Pietro Mascagni, sob libreto de Giovanni Targioni-Tozzetti e Guido Menasci.

Mascagni nasceu a 7 de Dezembro de 1863, em Livorno. Era portanto da geração dos seus compatriotas Puccini, Leoncavallo e Giordano, bem como de Mahler, Debussy ou Viana da Mota.

Em 1888, soube do concurso de composição de novo aberto pelo editor Sonzogno, que instuiu um prémio para a melhor ópera em um acto, submetida ao júri.
Coube-lhe o primeiro prémio da competição, confirmado por um dos mais estrondosos êxitos de que reza a história da ópera. De um dia para o outro, a Cavalleria Rusticana fez de um modesto músico de província, uma celebridade internacional.
Como disse o próprio Mascagni, “foi uma pena eu ter começado pela Cavalleria Rusticana. Coroaram-me antes de ser rei”.
Nos restantes 55 anos que ainda viveu, não conheceu triunfo comparável
Personagens
Turiddu-(tenor)-É o protagonista da ópera.Papel adequado a um tenor spinto ou dramático
Santuzza-(soprano lírico) Porém como é muito agudo, o papel está ao alcance de um mezzo-soprano com bons registos superiores.
Alfio-(barítono) conta com uma breve ária, a sua voz tem de ser sonora.
Mamma Lucia e Lola-(mezzo)

A acção decorre num único dia,o dia de Páscoa, numa aldeia siciliana, em finais do século XIX.

Depois dum magnífico prelúdio e ainda com o pano corrido, Turiddu canta uma canção siciliana, um tema popular acompanhado pela harpa e escrito em dialecto siciliano.
Em que diz

“Lola a tua camisa é branca como o leite
és branca e encarnada qual cereja
quando apareces és só sorrisos
bendito quem te deu o primeiro beijo
A tua porta de sangue está manchada
E não me importaria matar-me frente
Ao teu umbral; e se ao morrer eu fosse
Para o Paraíso só entraria se estivesse ali”

O som de umas campaínhas desencadeia uma explosão de colorido musical que evoca o ambiente festivo do domingo de Páscoa, quando o pano sobe.

A orquestra interpreta outro tema, que lembra vagamente o ritmo da valsa, que é introduzido pelas cordas e pouco tempo depois pelo oboé.

Ouvem-se ao longe as vozes dos camponeses que, a pouco e pouco vão aparecendo no cenário; o tema orquestral junta-se ao coro dos lavradores, em que se alternam as vozes masculinas e femininas, criando diversos jogos melódicos que dão a esta peça um grande brilho.

Cantam as alegrias e a beleza da vida no campo , mas agora é tempo de "cantar as ternas canções que fazem o coração palpitar com força"

O clip faz parte dum filme em que engloba toda esta introdução
(clicar aqui)


4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito!

Luís Maia disse...

Só te informo da publicação, quando imagino que gostes

Anónimo disse...

Sou eu que estou a fazer confusão, o aquela cena espectacular, de todos os assassínios feitos em cadeia, do "Padrinho III" é ao som da Cavalleria Rusticana?

Luís Maia disse...

Marta
Não tenho presente a cena, embora me lembre do filme.
Tenho pena que não possas ouvir, porque me retiraram o video, uma passagem em mudança de cena do Intermezzo, que publiquei um pouco mais adiante, que com esta abertura, constituem as únicas passagem não cantadas da Cavalleria.
Vou tentar saber a resposta á questão que colocaste