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sábado, outubro 06, 2007

Elixir do Amor-Bel conforto al mietitore

O Elixir do Amor uma ópera de Donizetti em dois actos foi estreada em Milão em 1832, com libreto de Felice Romani.

Esta ópera foi classificada inicialmente, como ópera buffa, só porque contém alguns elementos de comédia, não habituais nas óperas "sérias" do bel-canto.

A começar pela papel do protagonista Nemorimo, um tanto parvo, simplório e ignorante.

Contudo alguns elementos característicos da ópera buffa, não estão caracterizados nesta ópera.

Nemorino não tem criado para casar com a criada confidente da protagonista.

Adina a protagonista casadoira, não têm pai. Ela própria é independente , rica perfeitamente apta a resolver os seus problemas quer financeiros quer matrimoniais.

O militar fanfarrão típico da opera buffa, está aqui representado pelo sargento Belcore, rival de Nemorimo, com um papel mais importante do que naquele tipo de óperas.

O próprio ambiente rural em que se desenrola esta ópera afasta-a do cénico urbanismo buffo.

Enfim, alguns detalhes que culminam na diferença inevitável na opera buffa dos casamentos múltiplos, contudo problema esse já simplificado desde Rossini.

A esta ópera está associada á morte de Caruso, que adorava cantar esta ópera tanto assim que em Dezembro de 1920, cantava em Nova Iorque no Metropolitan a representação número 604, no papel de Nemorino, quando subitamente em pleno palco teve um ataque de tosse que lhe provocou uma hemorragia.

Foi o primeiro sinal do seu fim, que viria a acontecer em Nápoles, poucos meses mais tarde, cantando o papel que mais gostava, numa ópera que contribuiu para que ainda hoje se mantenha interessante.

A acção passa-se numa pequena aldeia no País Basco. Adina é dona de tudo quanto se vê em cena, e os segadores, são seus empregados, que descansam sob uma grande árvore, refugiando-se dos ardores do sol.

Boa fazendeira, á moda antiga, (muito antiga digo eu) não se preocupa com a produtividade dos seus empregados, ocupando-se da leitura de um romance.

A ópera começa com breves compassos de tom cómico, que são seguidos por um tema mais dramático em que os instrumentos de corda acompanham a flauta.

O tema do coro acompanhado pela criada Giannetta, serve de introdução ao primeiro acto, cantando

Doce consolo para o segador
Quando o sol está mais ardente
é sob uma faia ao pé duma colina
repousar e respirar
O vivo ardor do meio-dia
ameniza a sombra e o rio
mas o amor ardente
nem rio nem sombra podem acalmar.
Afortunado o segador
que dele se pode guardar

Para ver o clip clicar aqui

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